22/06/2011



Ao dançar, libertamos nossas emoções, melhoramos o condicionamento físico e ainda nos divertimos com os próprios tropeços. E o melhor:  qualquer pessoa pode calçar sapatilhas e descobrir quão prazeroso é se apossar do próprio corpo e movimentá-lo ao sabor da música.
Segundo a professora Milena Malzoni, proprietária da escola Milena Malzoni Dance Center, "a dança melhora a flexibilidade e a postura corporal, o condicionamento aeróbico aprimora a coordenação motora e o equilíbrio, e ainda auxilia na perda de peso". Mas para isso é preciso se entregar por completo. E a julgar pela variedade de estilos que agitam o mundo das sapatilhas, não é difícil deixar de lado a rigidez e desânimo.


"Cada modalidade trabalha posturas físicas e sentimentos específicos", afirma o bailarino e coreógrafo J. C. Violla. Segundo ele, a valsa enfatiza oscilações de altura; o tango, torções do tronco. A rumba pede movimentação intensa da bacia, ao passo que o foxtrote se vale de posturas muito alongadas. Passear por todo esse repertório, dizem os praticantes, é puro deleite.


 Nesse embalo, garantem os entendidos, a autoestima também atinge as alturas e a timidez segue a rota oposta. Não por acaso, depois de algumas aulas, é comum as adeptas passarem a emanar um brilho especial. "As alunas sentem-se mais sensuais e interessantes", diz Milena. Seja por obra da endorfina ou pela catarse acionada pela trilha sonora, o estresse e as preocupações viram pó nesse reduto dominado pelo encantamento.


 Além disso, a prática ainda burila a memória e a concentração. Sem esses dois atributos, os passos que compõem uma coreografia jamais poderiam ser executados com graça e fluidez. Como dizem os especialistas, não basta repetir mecanicamente a sequência proposta.


A emoção precisa aflorar, conferindo expressão aos movimentos. Mas, segundo o coreógrafo e educador corporal Ivaldo Bertazzo, fundador da Escola do Movimento, em São Paulo, antes de atingir esse estágio, a aluna deve trabalhar a consciência corporal. "É preciso, primeiro, desenvolver a percepção interna do movimento e, depois, a noção espacial. A emoção vem como consequência", ele afirma.


 O melhor é que a auto-observação das funções motoras se estende para além da sala de aula. "As pessoas passam a perceber como se mantêm sentadas, como organizam gestos corriqueiros, entram e saem do carro com mais facilidade", diz. E, o mais importante, "ganham disposição para vencer o enrijecimento corporal causado pelo envelhecimento". Encontre o seu lugar na pista!


http://mdemulher.abril.com.br

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