24/11/2010




Depressão: a vida sem cor!

Segundo a organização Mundial da Saúde(OMS) daqui a 20 anos a depressão deverá afetar mais pessoas que o câncer ou as doenças cardíacas, isso significa que diante desta estimativa a depressão precisa ser reconhecida como um problema de saúde pública.  Uma em dez pessoas tem um episódio de depressão pelo menos uma vez na vida, desencadeado por situação infeliz, pelo estresse constante ou por doença grave.  Quando não existe uma causa externa pode ser endógena, ou seja, orgânica, disfunções neuronais, quando neurotransmissores do cérebro estão em falta, a dopamina, noradrenalina e a serotonina. Neste caso entram os antidepressivos regulando esta falta. Mas a depressão também está relacionada com a “dor de existir”, é um estado afetivo onde a pessoa desiste de viver, seu estado mental  torna-se lento e melancólico. Freud se interessou pelo tema, porque descobriu que era acometido pela depressão, escrevia cartas a Fliess, dizendo “estou deprimido, desanimado; nada consigo, não vejo sentido nas coisas” , isto durante a evolução da psicanálise. O pintor Vincent Van Gogh  em sua tela Melancolia explora os tons da solidão e do vazio existencial, decorrentes de seu emocional também. Como vemos a depressão sempre existiu e faz parte de todas as classes sociais. A depressão ocorre também em crianças, o desinteresse por brincadeiras antes prazerosas e choro fácil podem ser sintomas. Nos adolescentes quando demonstram desesperança, dificuldade de concentração, hostilidade e irritabilidade também podem ser sintomas que acabam sendo confundidos com reações típicas da idade. Mudanças alimentares, situações de risco e dificuldades de aprendizagem também são decorrentes da depressão.  Estão presentes cada vez mais as marcas de tristeza em idosos, incompreensão, inversão de papéis na família, declínio do vigor físico, perdas e lutos são fatores que aceleram ou agravam a tendência à depressão e muitas vezes acabam dificultando o diagnóstico pela crença de que faz parte do envelhecimento, o que não é verdade. Importante reconhecer os sinais de alerta: desmotivação, deixar de ter prazer nas atividades, isolamento, queixas constantes, falta de energia, sono ou insônia, dificuldades de memória, desesperança, sentimento de culpa e inutilidade são características associadas à depressão e devem ser investigadas.  Depressão tem tratamento e pode ser controlada ou curada, com medicamentos e psicoterapia, mas cada caso deve ser investigado e avaliado.
“.......Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.” Martha Medeiros

Uma dica de filme sobre este tema é “A mulher Invisível

Até mais.....

2 comentários:

  1. E é muito grande o número de pessoas que precisam de uma ajuda psicoterápica ou psiquiatra e têm resistência a isso, dizendo:
    "-Eu não estou doido!".....
    Isso é ignorância e preconceito, como se só doido precisasse tomar remédios antidepressivos ou fazer um tratamento psicoterápico.

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  2. sso mesmo Marilu...ainda existe muito preconceito, mas psicólogo e psiquiatra tbém pode e deve ser para prevenir...e ajudar a manter a saúde mental....bjs

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Obrigada pelos comentários, beijos